Leva à fragilidade do osso e aumento do risco de fraturas
A osteoporose é uma doença sistêmica progressiva caracterizada por diminuição da massa óssea, levando à fragilidade do osso e aumentando o risco de fraturas¹. Sua ocorrência tem aumentado em função do crescimento da população idosa e das mudanças no comportamento humano, tais como diminuição na ingestão de cálcio, sedentarismo, alcoolismo e tabagismo². A incidência de fratura relacionada à osteoporose aumentou nas últimas três décadas². As fraturas de quadril e vertebrais são frequentes, e intensamente estudadas². A incidência de fratura de quadril varia, sendo maior em mulheres magras, de raça branca, de idade mais avançada, com história pessoal ou familiar de fratura de quadril e residentes em regiões urbanas, em que há atividade física reduzida e comodidades vinculadas ao urbanismo².
Causas¹
Não existem causas para a doença, mas sim fatores de risco que influenciam a manifestação da osteoporose. Estes podem ser relativos à pessoa (individuais) ou do ambiente que ela vive (ambientais). São considerados fatores de risco individuais a história de casos de osteoporose na família, mulher branca, presença de escoliose, indivíduos magros, tipo constitucional pequeno e aparecimento prematuro de cabelos brancos.
Representam fatores ambientais o álcool e o cigarro (inibidores da multiplicação dos osteoblastos), cafeína (aumenta excreção de cálcio), inatividade, má nutrição, dieta rica em fibras, proteínas e sódio (diminuem a absorção de cálcio), nuliparidade (quem nunca teve um parto), amenorreia (ausência do fluxo menstrual) por exercícios; menopausa precoce e doenças que afetam o sistema endócrino.
Sintomas¹
Geralmente é pouco sintomática, às vezes só se manifesta por uma fratura. A dor na lombar é queixa comum, e o espasmo muscular é a principal causa dos sintomas, que podem ser microfraturas.
Diagnóstico¹
O diagnóstico é feito pela história clínica, exame físico e exames subsidiários. No histórico deve ser considerada a idade da menopausa, a presença familiar, hábitos alimentares, atividade física, consumo de café, cigarro e álcool. Um dos principais exames é a densitometria óssea (exame que verifica a quantidade de massa óssea e avalia o risco de fratura). Além disso, existem exames especiais como a dosagem da 25 OH e da 1,25 di OH (que calculam a dosagem de vitamina D). O exame físico avalia a deformidade da coluna – com dados de peso e altura do paciente. Os exames subsidiários são os de imagem e os laboratoriais. Alguns testes como hemograma completo, VHS, eletroforese de proteínas, provas de função renal, dosagens de cálcio e de fósforo, fosfatase alcalina e calciúria de 24 horas.
Prevenção¹
Existem algumas formas de prevenir a osteoporose:
- Ingestão de cálcio e vitamina D;
- Prática de atividade física;
- Controle do fluxo menstrual;
- Reposição hormonal.
Tratamento¹
A principal forma de tratamento da osteoporose é com a prevenção da doença:
Investir no consumo de cálcio – as necessidades variam conforme a faixa etária. A principal fonte de cálcio é leite e derivados, mas alguns vegetais também possuem o nutriente: espinafre, agrião, brócolis e couve-manteiga. A reposição também pode ser feita com suplementos alimentares;
- Aumentar os níveis de ingestão de vitamina D – isso pode ser obtido com a ação de raios ultravioletas e com a ingestão de alimentos que possuem o nutriente;
- Reposição hormonal – estrógeno inibe a reabsorção óssea;
- Uso de Calcitonina – inibe a reabsorção osteoclástica (células que protegem os ossos);
- Administração de Bisfosfonatos – produz aumento da massa óssea;
- Ipriflavona – inibe a reabsorção óssea e pode atuar em sua formação;
- Fluoreto de sódio – aumenta a mineralização do osso trabecular (responsável por 20% do esqueleto humano);
- Atividade física – exercícios de baixo impacto estimulam a formação osteoblástica e previnem a reabsorção. Exercícios com pesos leves aumentam a massa muscular e a força dos músculos esqueléticos. Saiba quais são os exercícios mais indicados neste artigo aqui.
Fontes: 1. Osteoporose. Scielo. Último acesso em 10 de setembro de 2021. 2. Manejo racional da osteoporose: onde está o real benefício? Boletim do Ministério da Saúde. Último acesso em 10 de setembro de 2021.