Um novo estudo produzido por pesquisadores da Universidade de Oxford (Reino Unido) e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês - EUA) e divulgado recentemente, faz um contraponto entre risco versus situação em que uma pessoa tem maiores chances de se contaminar pelo Sars-Cov-2 (coronavírus).
Com a flexibilização acontecendo em vários lugares, o estudo avalia diferentes fatores como a distância entre as pessoas, a ventilação do local (se está em um ambiente ao ar livre ou fechado), o tempo em que as pessoas permanecem próximas umas às outras, qual atividade estão exercendo, entre outros. Um exemplo simples é o de algumas pessoas reunidas em uma sala para cantar. Na ação de “cantar”, a pessoa exala gotículas respiratórias que podem alcançar até 7-8 metros em poucos segundos. Assim, apenas o distanciamento indicado de 2 metros não seria suficiente para evitar uma possível contaminação, caso a pessoa que estivesse cantando carregasse o vírus. A situação seria diferente se estiverem em um ambiente aberto, pois as gotículas respiratórias tendem a ser mais rapidamente diluídas ao ar livre e lugares bem arejados.
Dessa forma, os pesquisadores elaboraram uma tabela-guia que diz qual o índice de risco com relação a atividade que a pessoa pretende fazer, mostrando elementos como duração do tempo, local, uso de máscara etc. Veja tabela desenvolvida pelos pesquisadores do estudo traduzida em sua íntegra abaixo:
* É importante ressaltar que esta tabela-guia se aplica quando as possíveis pessoas contaminadas estão assintomáticas. Para as que estão com sintomas, a indicação é que se mantenham em isolamento.
Fonte: 1. Two metres or one: what is the evidence for physical distancing in covid-19? – The BMJ. Último acesso em 16 de outubro de 2020.