Prevenção e tratamento da clamídia
Geralmente associada à gonorreia, pode causar dores crônicas e doenças inflamatórias
A clamídia e a gonorreia são infecções sexualmente transmissíveis que geralmente apresentam quadros associados. São causados pelas bactérias Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae, respectivamente, e atingem os órgãos genitais, a garganta e os olhos de homens e mulheres¹. Na maioria dos casos, a doença é assintomática, principalmente no caso da clamídia, o que faz com que não se procure ajuda médica para tratamento. Quando os sintomas aparecem, eles são caracterizados pelo corrimento amarelo ou claro e dor ao urinar e durante a relação sexual, comum entre os dois. A gonorreia apresenta uma secreção semelhante ao pus, vindo do colo do útero, e pode estar associada a febre. Além disso, mulheres apresentam sangramento vaginal, em especial nas relações, e homens podem apresentar corrimento e desconforto nos testículos. Se não forem tratadas, ambas podem causar infertilidade tanto em homens quanto em mulheres, além de dores crônicas e complicações na gestação, doença inflamatória pélvica (DIP), entre outros¹.A melhor prevenção é o preservativo
A principal forma de transmissão é por meio da relação sexual sem o uso de preservativo, sendo o seu uso, o melhor método de prevenção¹. Outra possibilidade de transmissão acontece durante o parto, para a criança, em que ela nasce com conjuntivite. Se não tratada, pode levar o recém-nascido à cegueira. Ainda há a possibilidade de a infecção também alcançar os órgãos internos, trazendo mais gravidade ao quadro do bebê¹. A conjuntivite também pode indicar um quadro de infecção generalizada e os médicos devem adotar medidas para prevenir a infecção hospitalar. Neste caso, recomenda-se que a mãe e o parceiro sejam submetidos a outros exames, como sífilis, HIV e hepatite B e hepatite C².
O diagnóstico é feito pelo médico que deverá indicar um antibiótico mais adequado. O tratamento deve ser feito para o parceiro também, mesmo que este não apresente sintomas. No caso do recém-nascido, deve-se aplicar colírio nos olhos na primeira hora após o nascimento¹.
Fontes: 1. Gonorreia e infecção por clamídia. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis Ministério da Saúde Brasil. Último acesso em 23 de junho de 2021. 2. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT). Último acesso em 23 de junho de 2021.